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domingo, 21 de junho de 2015

21 de Junho - Dia da Música

PERÍODOS DA HISTÓRIA DA MÚSICA
Pode dividir-se a História da Música em períodos distintos, cada qual identificado com um estilo que lhe é peculiar. É claro que um estilo musical não surge da noite para o dia, é um processo lento e gradual relacionado com a evolução social e com as mudanças de mentalidade que definem cada época, cada geração. Por isso mesmo, é difícil determinar rigorosamente a data em que inicia ou termina cada período da História da Música. No entanto, o quadro que se segue apresentará uma forma de dividir a História da Música Ocidental em oito grandes períodos:
PRÉ-HISTÓRIA
Podemos imaginar que o homem primitivo comunicou, desde muito cedo, usando sinais sonoros. Muito antes do aparecimento dos primeiros instrumentos, já o homem fazia a sua música, imitando os sons da Natureza: com gritos, sons corporais, batendo com paus, ramos, pedras, conchas...
Foi quando o homem começou a produzir sons intencionalmente que se iniciou a longa caminhada à qual chamamos História da Música. Há vestígios - nas pinturas das cavernas - de que o homem utilizava a música nas cerimónias rituais: encorajamento para a caça, evocação das forças da natureza, cultos dos mortos... Primeiro usaria somente a voz e outros sons do corpo; mas, ao longo do tempo, foi construindo instrumentos e com eles acompanhou essas músicas e danças, para as tornar mais ricas e assim agradar mais aos seus deuses.
MÚSICA DA ANTIGUIDADE
Nas grandes civilizações antigas - Egipto, Grécia, Roma - a música tinha um papel fundamental em todas as actividades do dia-a-dia.
No Egipto, havia música tanto no palácio do Faraó como a acompanhar o trabalho dos campos. Os músicos eram normalmente mulheres. A música tinha origem divina e estava muito ligada ao culto dos deuses. A harpa, a lira e o alaúde eram muito usados.
Na Grécia - Atenas -. todos os anos se realizava um concurso de canto. As peças de teatro eram acompanhadas por música. Os gregos cultivavam a música como arte e como ciência. Era uma das quatro disciplinas fundamentais da educação dos jovens. O órgão é uma invenção grega.
Em Roma, as lutas dos gladiadores eram acompanhadas por trombetas. Os ricos aprendiam música e realizavam concertos nas suas casas. Na rua, malabaristas e acrobatas representavam, acompanhados por flautas e pandeiretas.
Grupos de músicos obtinham licenças especiais do Impera
MÚSICA MEDIEVAL
Com a decadência do Império Romano e a implantação do cristianismo, a Igreja passa a ter um papel decisivo na evolução da música.
São os monges que, nos mosteiros, continuam o trabalho iniciado pelos Gregos, desenvolvendo a teoria e a escrita da música. Começa a haver uma grande separação entre a música religiosa e a música popular. Uma das grandes diferenças entre estes dois tipos de música, está nos instrumentos usados.
Na Igreja, apenas o órgão era permitido enquanto que na música popular -música profana (não religiosa), havia a Rabeca, o saltério, o alaúde, a charamela, a sanfona, o realejo, etc.
A língua usada nos cantos da igreja era o Latim, enquanto que na música popular eram usados dialectos próprios de cada região.
A música da Igreja era inicialmente monódica tendo evoluído no sentido da polifonia.
Os Menestréis eram músicos que andavam de terra em terra, juntamente com os saltimbancos, levavam as notícias nas suas andanças e apregoavam-nas cantando.
Os Trovadores eram nobres que compunham música e poesia, tendo como tema o amor de um cavalheiro por uma bela dama.
A escrita musical, tal como hoje a conhecemos, deve muito aos mil anos da Idade Média, pois foi durante esse período que ela foi evoluindo até chegar ao código actual.
MÚSICA RENASCENTISTA
Foi uma época de grandes mudanças na Europa. O homem do Renascimento já não vive apenas dominado pelos valores da Igreja, mas encontra valores nele próprio e na natureza. A Igreja tornou-se menos rígida, permitindo uma aproximação entre a música sacra e a música profana. Os governantes e os homens ricos desempenham a partir de agora um papel muito importante na evolução da música, concedendo aos compositores audições e oportunidades de trabalho, promovendo festas e acontecimentos culturais.
MÚSICA BARROCA
O Barroco é um período em que a música instrumental atinge, pela primeira vez, a mesma importância que a música vocal. O Violino afirma-se e a orquestra vai tomando uma forma mais estruturada. Surge a Ópera e o Ballet. Os instrumentos de tecla têm uma grande evolução e o cravo aparece como instrumento solista, e não apenas acompanhante.
A música do Barroco é exuberante, de ritmo e frases melódicas extensas, fluentes e muito ornamentadas. São usados contrastes de timbres e de intensidades.
MÚSICA CLÁSSICA
No período Clássico, a música torna-se mais leve e menos complicada que no Barroco. Predomina a melodia com acompanhamento de acordes, as frases são bem delineadas e mais curtas que anteriormente.
A dinâmica das obras torna-se mais variada, aparece o Sforzato (acentuação forte numa nota), o crescendo (aumento gradual da intensidade do som) e o diminuendo (diminuição gradual da intensidade do som).
A música é tonal. O cravo cai em desuso e é substituído pelo piano. A orquestra cresce em tamanho e acolhe um diversificado número de instrumentos. A Ópera conhece um grande desenvolvimento e popularidade e começa a tratar temas do dia-a-dia.
É uma época extremamente fértil em grandes compositores e talvez a mais produtiva de todos os períodos da história da música. Viena de Áustria é considerada a capital da música clássica, pois foi lá que se concentraram a maioria dos compositores.
ROMANTISMO
É o período da liberdade de expressão de sentimentos e paixões. Paris junta-se a Viena e tornam-se os principais centros de música da Europa. Os compositores libertam-se da tutela dos nobres que os empregavam e passam a compor livremente. Os concertos públicos tornam-se mais frequentes e começam a aparecer as grandes salas de espectáculos. A fantasia, a imaginação e o espírito de aventura desempenham um papel importante na música deste período. Surge a Música Descritiva com os poemas sinfónicos. A literatura exerce uma enorme influência na música romântica, que está demonstrada na grande quantidade de Lied - Tipo de cação que floresceu neste período. Os músicos interessaram-se pela música folclórica, indo aí buscar material para compor. É dado ênfase às melodias líricas. As harmonias são ricas e contrastantes, explorando uma gama maior de sonoridades, dinâmicas e timbres. As obras tomam proporções grandiosas e a orquestra atinge uma dimensão gigantesca.
MUSICA DO SÉCULO XX
O Romantismo explorou até ao limite as possibilidades da música tonal. O século xx surge como o século das experiências, da procura de novos caminhos na música e nas artes em geral. É o demonstrar das formas convencionais e a valorização de novas perspectivas, a procura de novos materiais e a utilização de recursos trazidos pelos avanços tecnológicos. Acentua-se a tendência para valorizar culturas até então esquecidas. Os novos meios de transporte e comunicação facilitam as trocas culturais e fazem com que se conheça na música moderna influências muito variadas.
O aparecimento da gravação sonora abre um mundo novo à produção musical. A procura de novas sonoridades faz com que os compositores explorem sons produzidos por objectos, transformando-os em instrumentos musicais. Os instrumentos convencionais são transformados e preparados de forma a alargar as suas possibilidades tímbricas.
O timbre, nesta época, é talvez o parâmetro mais valorizado na música. Surgem os primeiros instrumentos electrónicos, que ficarão para sempre ligados à música Pop Rock, embora também estejam presentes noutros géneros musicais. O piano é um instrumento muito usado em experiências no campo da investigação tímbrica.
Têm sido usadas técnicas muito simples, como seja: tocar agregados sonoros (clusters), usando o cotovelo, o antebraço ou mesmo a mão aberta sobre as teclas, tocar directamente nas cordas do piano com os dedos, como se se tratasse de uma harpa.
Há compositores que para obter novas sonoridades, colocam folhas de papel entre as cordas do piano ou objectos sobre as cordas (bolas de ping-pong). Das tendências e técnicas mais relevantes da música do séc. XX, encontram-se os seguintes sistemas musicais:
SISTEMAS MUSICAIS
PENTATONISMO
É um sistema baseado na escala pentatónica. Kodaly, compositor Húngaro, escreve com uma estrutura pentatónica, baseado nas origens do Folclore Húngaro. É também a Kodaly que se deve a linguagem dos vocábulos (Vocábulos Kodaly) utilizada no ensino de música a crianças: h Tá-á, q Tá , e Ti, etc.
TONALISMO
Interdependência em que se encontram os diferentes graus da escala relativamente a uma tónica que é o centro de todos os movimentos melódicos. A tonalidade, define-se pela hierarquia dos graus tonais: 1º, 4º e 5º graus.
MODALISMO
É a maneira como se dispõem os intervalos de tom e meio-tom e que definem o que se chama modo.
POLITONALISMO
É um fenómeno harmónico que consiste na sobreposição de melodias ou acordes pertencentes a tonalidades diferentes. Este sistema foi utilizado por Ravel e Strawinsky.
POLIMODALISMO
É um fenómeno que consiste na sobreposição de melodias pertencentes a modos diferentes. É o sistema utilizado nas Escalas-Mistas.
ATONALISMO
Sistema harmónico que foge ao princípio fundamental da tonalidade central e que se deve ao compositor Austríaco Schomberg. Os intervalos fundamentais na música atonal são a 4ª aumentada e o meio-tom cromático.
DODECAFONIA
É o emprego contínuo do cromatismo, alterando o sentido tonal. neste sistema, empregam-se livremente os 12 sons da escala temperada. Wagner pode considerar-se o percursor do dodecafonismo.
SERIALISMO
É um sistema mais alargado que a dodecafonia. Utilizam-se as “séries” que são grupos de 4 ou 5 sons. Foi preconizado por shonberg que o definiu de: “Método de compor com 12 sons que só entre si são aparentados”. Outros sistemas há que poderão ser estudados e, aprofundado o seu estudo em tratados de História da Música.
Fonte: www.scribd.com

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