Moura Ramos Indústria Gráfica: livros, revistas, embalagens, sacolas, agendas e impressos em geral.: 31 de Maio - Dia Mundial sem Tabaco

domingo, 31 de maio de 2015

31 de Maio - Dia Mundial sem Tabaco

Por amor, não fume!
O tabaco é responsável por cerca de seis milhões de mortes em todo o mundo, decorrentes tanto do consumo direto, quanto do indireto. No Brasil, estima-se que o tabagismo seja responsável por 200 mil óbitos ao ano. O tabaco, além de ser responsável por vários tipos de câncer, também aumenta o risco de doenças cardiovasculares e respiratórias, inclusive para fumantes passivos. Entre os tipos de câncer associados ao consumo de tabaco, o mais frequente é o de pulmão, com um risco de mais de 90% em homens e de 70% em mulheres.

Ações de prevenção e de controle do tabagismo incluem medidas educativas, preventivas e regulatórias, como a proibição do uso de cigarros em lugares públicos e a proibição de publicidade, restringindo-os aos pontos de venda. 

É proibido fumar cigarros, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos derivados do tabaco em locais de uso coletivo, públicos ou privados, de todo o país. Essa proibição se aplica a restaurantes, bares, boates, escolas, universidades, hotéis, pousadas, casas de shows, ambientes de trabalho, repartições públicas, instituições de saúde, veículos públicos e privados de transporte coletivo, hall e corredores de condomínios, etc., mesmo que o ambiente seja parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou toldo. 

O Ministério da Saúde lançou em 2015 a campanha “Pode respirar fundo: ambientes coletivos 100% livres da fumaça do tabaco”, disponível em www.saude.gov.br/leiantifumo. Asista o vídeo a seguir: 

Essas medidas representam um importante avanço na Política Nacional de Controle do Tabaco, pois garante proteção à população brasileira contra os danos à saúde decorrentes da exposição à fumaça ambiental do tabaco, em especial aos trabalhadores de ambientes coletivos.

O tabagismo, ou hábito de fumar, é a doença crônica mais prevalente no mundo, além de ser a maior causa de morte evitável.

A maior parte dos tabagistas, ou fumantes, está preocupada com as conseqüências do tabagismo para sua própria saúde e quer, sim, parar de fumar. No entanto, tentativas solitárias do próprio fumante em cessar o hábito, dependendo somente de sua força de vontade, têm um índice de sucesso de apenas 5%, enquanto que quando com acompanhamento médico e suporte psicológico, estes índices ultrapassam 50% em uma única tentativa.

O cigarro contém mais de 4.700 substâncias químicas e mais de 60 que são cancerígenas, mas a dependência física e psicológica advém da nicotina. No Brasil chegamos a índices de 25% da população sendo tabagista, e índices alarmantes de até 27% entre adolescentes. O tabagismo também cresceu muito entre as mulheres.

É bom que fique claro que não existem níveis seguros de consumo de cigarro, ou seja, fumar apenas um cigarro por dia também pode ocasionar doenças. Além disso, os cigarros de baixo teor de nicotina também aumentam o risco de câncer de pulmão, enfisema pulmonar, bronquite e doenças cardiovasculares. Destaque a parte fica para o câncer de pulmão, que é um dos piores riscos a que o fumante se expõe e é o tipo de câncer que mais mata no mundo, com cerca de 170 mil mortes por ano somente nos EUA e com 1,2 milhão de novos casos por ano no mundo. O risco de se ter câncer de pulmão é 24 vezes maior nos fumantes. Além disso, existe relação do tabagismo com câncer de esôfago, estômago, laringe e de boca.

Como as formulações comerciais de reposição de nicotina disponíveis no mercado não necessitam de receita médica, é comum vermos fumantes que, em conversa de balcão na farmácia, saem com gomas de mascar de nicotina ou adesivos de nicotina achando que todos os seus problemas serão resolvidos, o que, infelizmente, não é verdade. O tratamento de abandono do cigarro é multidisciplinar e multifocal, envolvendo suporte psicológico e auto-ajuda, mudanças de hábitos de vida, reposição farmacológica de nicotina e drogas que diminuem a ansiedade e o desejo de fumar.

O papel dos médicos e de todos outros profissionais de saúde, independentemente de sua área de atuação ou de sua especialidade, é estimular que seus pacientes parem de fumar. Conversar com os pacientes, expor os benefícios de levar uma vida saudável e sem vícios pode ajudá-los a encarar a guerra que terão de travar com o vício para abandoná-lo definitivamente. Além disso, os profissionais da saúde deveriam encaminhar os pacientes tabagistas para os profissionais habilitados para o tratamento, atitude que nem sempre acontece, infelizmente. 

Somam-se a isso a inconcebível ideia de que muitos médicos ainda são fumantes. Pesquisas apontam que de quatro médicos no Brasil, um é fumante. Apesar de todo o conhecimento que têm, apesar de verem as pessoas adoecendo, muitos não conseguem abandonar o cigarro porque são nicotino-dependentes, porque entraram em contato com a nicotina em suas adolescências, como 90% dos fumantes. E só depois é que se tornaram profissionais de saúde. Por isso, é importante frisar: até quem mais entende de saúde pode ser dependente de nicotina. O que não pode acontecer é o paciente pensar que cigarro não faz mal porque seu médico fuma.

Ele é tão somente mais um dependente. Se você é um fumante, pense em você, pense que você tem em suas mãos a chance de não desenvolver doenças pulmonares como bronquite ou enfisema pulmonar, e doenças gravíssimas como o câncer de pulmão. Pense que você poderá diminuir a sua chance de ter um infarto do miocárdio ou um derrame cerebral se parar de fumar hoje. Pense nas pessoas que convivem com você, no seu companheiro (a) e nos seus filhos, seus colegas de trabalho, que involuntariamente estão sendo expostos aos mesmos agentes tóxicos que você, por causa da fumaça que você exala para prezar o seu próprio vício e, assim garantir prazer a você mesmo. Existem muitas doenças que infelizmente não podemos evitar, mas as doenças causadas pelo cigarro são evitáveis, e porque você não vai fazer a sua parte? 

Os cartazes de sala de espera, sabiamente, dizem “por favor, não fume”. Seria melhor dizer: “por amor, não fume”. 

Alexandre Garcia de Lima é médico cirurgião torácico, mestre em Cirurgia pela Unicamp, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica, das Sociedades Paulista e Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. É Diretor Técnico do Instituto Nova Campinas. 

Fonte: www.institutonovacampinas.com.br por Alexandre Garcia de Lima

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário.