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terça-feira, 12 de maio de 2015

12 de Maio - Dia Mundial da Fibromialgia

O dia 12 de maio é celebrado mundialmente como “dia da fibromialgia”, que é uma doença caracterizada por “dores no corpo”, fadiga e alterações no sono. Não se sabe sua a causa, mas acredita-se que pela diminuição da concentração de um hormônio do sistema nervoso, a serotonina, o cérebro dos pacientes com esta doença perca a capacidade de regular a dor.

Fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica sem inflamação. O paciente sente "dores no corpo inteiro". Para caracterizar-se a doença, porém, é preciso haver dor difusa por pelo menos três meses.

Dois outros sintomas estão presentes em mais de 80% dos casos: a fadiga e distúrbios do sono. Mesmo dormindo um número de horas muitas vezes considerado “normal”, o paciente queixa-se de acordar cansado e com muitas dores, como “se tivesse levado uma surra” ("sono não reparador”). São pacientes que sentem-se como se estivessem sempre necessitando "gozar férias".

A depressão está presente em 50% dos pacientes com fibromialgia. Isto quer dizer duas coisas: 1) a depressão é comum nestes pacientes e 2) nem todo paciente com fibromialgia tem depressão. Por muito tempo pensou-se que a fibromialgia era uma “depressão mascarada”. Hoje, sabemos que a dor da fibromialgia é real e não se deve pensar que o paciente está “somatizando”, isto é, manifestando um problema psicológico através da dor. Por outro lado, não se pode deixar a depressão de lado ao avaliar um paciente com fibromialgia. A depressão, por si só, piora o sono, aumenta a fadiga, diminui a disposição para o exercício e aumenta a sensibilidade do corpo. Estes pacientes queixam-se ainda de "formigamento" principalmente nas mãos, nos pés e no meio das costas; de alterações no funcionamento do intestino que muitas vezes "está preso" e em outras apresenta diarreia (síndrome do cólon irritável), enxaqueca, vertigem, taquicardia, alterações do humor e distúrbios da memória.

Calcula-se que a doença atinja 3% das mulheres e 0,5% dos homens adultos nos Estados Unidos da América. Estima-se que os números do Brasil sejam semelhantes, o que daria mais de 4 milhões de pacientes. A fibromialgia é uma doença predominantemente feminina, a proporção é de 10 mulheres para um homem. Manifesta-se em qualquer idade, mas inicia principalmente entre os 25 e os 50 anos.

Acredita-se que esses pacientes percam a capacidade de regular a sensibilidade dolorosa. O controle da dor é feito pela serotonina. Sabe-se que os pacientes com fibromialgia produzem menos serotonina. A diminuição de serotonina pode ser provocada por infecções virais, traumas físicos e emocionais graves. Como a doença não causa deformidades ou sinais inflamatórios evidentes como calor ou edema, amigos e familiares “dizem que os pacientes não têm nada e estão inventando”. A situação complica-se, pois são atendidas por muitos médicos, que, mal informados, não identificam a doença e dizem que o problema é “somente psicológico”.

Pessoas que apresentem “dores difusas há mais de três meses, associadas com alterações do humor e do sono, devem procurar um clínico ou reumatologista. Apesar de não podermos dizer que fibromialgia tenha “cura”, sabemos que, da mesma forma que ocorre com outras doenças crônicas, é possível controlá-la.

A doença não é identificável com exames de imagem. O diagnóstico é sempre clínico. Além de serem avaliados através de uma história clínica (anamnese) e exame físico, é preciso realizar exames de sangue para descartar outras doenças que causam dores generalizadas, como o hepatites virais, hipotireoidismo e até mesmo câncer.

Quando o médico detecta a fibromialgia e deixa claro para o doente que “ele não é louco,” já ocorre 20% de melhora. O único tratamento eficaz para diminuição da fadiga e das dores e a regularização do sono são exercícios aeróbicos, como caminhar, correr, pedalar ou nadar. Estes exercícios reequilibram o sono e elevam o nível de serotonina. Têm de ser feitos a vida toda.

Igualmente importante é uma mudança de atitudes pelos doentes. Não podem continuar perfeccionistas e detalhistas, exigindo-se demais. O ideal é que também seja realizado um acompanhamento psicoterápico. É fundamental, ainda, continuar no emprego, pois deixá-lo poderia causar baixa auto-estima. Na maioria dos casos é necessário o uso de medicamentos. Os principais medicamentos são os relaxantes musculares e antidepressivos, devendo-se evitar anti-inflamatórios (hormonais ou não hormonais) e analgésicos opiáceos. Quando o quadro depressivo associado é muito intenso, pode ser necessário acompanhamento conjunto com psiquiatra.

(Texto adaptado pelo Maj BM QOS/Méd/97Carlos dos sites da Sociedade Brasileira de Reumatologia e Sociedade de Reumatologia do Rio de Janeiro)

Fonte: www.hcap.cbmerj.rj.gov.br

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