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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

30 de agosto - Dia Internacional dos Desaparecidos

Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados: ajudando as famílias a descobrir o que aconteceu
Genebra (CICV) – No mundo todo, as famílias de inúmeras pessoas que desapareceram em conexão com o conflito armado e outras emergências enfrentam a dolorosa incerteza ao permanecerem sem notícias dos seus entes queridos.
Ao mesmo tempo em que as autoridades envolvidas têm uma obrigação segundo o Direito Internacional Humanitário (DIH) de fazer todo o possível para determinar o que aconteceu com as pessoas que estão desaparecidas, um compromisso maior precisa ser assumido para ajudar as famílias dessas pessoas a superarem as dificuldades que as mesmas enfrentam diariamente, disse hoje o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), nos dias que antecedem o Dia Internacional dos Desaparecidos, 30 de agosto.
"As cicatrizes que a guerra deixa nos parentes de pessoas desaparecidas e na sua comunidade são profundas", disse Marianne Pecassou, que chefia as atividades realizadas pela organização para as famílias de pessoas desaparecidas. "As pessoas que não sabem se seus parentes desaparecidos estão vivos ou mortos vivem na incerteza. Em alguns casos, estão esperando há décadas e quase sempre sofrem de isolamento emocional e social. Às vezes, inclusive são afastadas do convívio social por serem considerados portadores de má sorte; as mulheres podem ser estigmatizadas por terem sido deixadas sem proteção de um familiar do sexo masculino".
O mais importante é que as famílias encontram formas, com ou sem ajuda, de superar esses desafios, como reunir as pessoas para prestar uma homenagem à memória das pessoas desaparecidas ou realizar rituais alternativos para marcar a morte do familiar. Ao manter os parentes desaparecidos presentes nos seus corações e mentes, as famílias garantem que não desapareçam por completo.
Na Líbia, onde um grande número de pessoas está desaparecido, incluindo muitas que foram detidas ou morreram durante o último conflito, milhares de famílias ainda desconhecem o que aconteceu com os seus familiares. "Dar-lhes informações sobre o destino dos seus entes queridos não é somente uma obrigação legal, mas também uma questão de humanidade", disse Laurent Saugy, que coordena na Líbia as atividades do CICV relacionadas com a questão das pessoas desaparecidas.
Em aproximadamente uma dezena de contextos no mundo todo, o CICV presta apoio aos esforços das autoridades para explicar o que aconteceu com as pessoas que desapareceram durante um conflito armado. Na Geórgia e no Nepal, a organização apoia os esforços das redes para ajudar as famílias das pessoas desaparecidas a atender a diversas necessidades que englobam desafios sociais, emocionais e econômicos. Além disso, o CICV incentiva as autoridades e a sociedade civil a apoiar as famílias nos seus esforços para lidar com os desafios enfrentados.
Reuniões e outros eventos planejados para o dia 30 de agosto ou em outras datas em diversos lugares no mundo todo (Líbano, Nepal e Timor do Leste, por exemplo) ajudarão a manter viva a memória das pessoas que ainda estão desaparecidas. Isso, por outro lado, ajudará as famílias a lidarem com a incerteza de não saber se os seus entes queridos estão vivos ou mortos. Os eventos também proporcionam uma forma de dividir a sua dor e uma oportunidade única para aumentar a conscientização quanto ao assunto.
"Não importa quanto tempo tenha passado, as autoridades devem poder fazer o possível para esclarecer o que aconteceu com as pessoas que estão desaparecidas e dar às famílias quaisquer informações que obtenham", disse Pecassou. "Enquanto isso, é urgente dar às famílias o apoio que precisam para lidar com os desafios diários e viver de maneira decente".
Fonte: www.hrea.org

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