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sábado, 21 de abril de 2018

Filhos de pais da inovação criados sem tecnologia


Foto: Reprodução

Psicólogo comenta sobre dar limites à tecnologia dos filhos com base em estudos reveladores. Seria a decisão dos ícones da tecnologia um sinal?
Bill Gates e Steve Jobs são sem dúvidas duas das maiores figuras tecnológicas da história recente. Eles ajudaram a criar produtos que hoje, uma grande parte da humanidade simplesmente não sabe viver sem - sistema operacional Windows e produtos da Apple são alguns dos exemplos. 

É comum vermos crianças mexendo perfeitamente em tablets e smartphones e quando pensamos nos filhos desses dois ícones logo imaginamos crianças extremamente conectadas e high-tech, certo? Errado! Ao contrário do que muitos pensam, eles limitavam a tecnologia dos filhos justamente por saber do poder viciante de seus produtos. Seria um sinal?

Em 2007, Bill Gates, antigo CEO da Microsoft, implementou um limite de tempo de uso de tecnologias digitais quando sua filha começou a desenvolver um vício por um vídeo game.

Ele também não deixa que seus filhos tenham telefones celulares até completarem 14 anos (hoje, a idade média para uma criança obter seu primeiro celular é de 10 anos)

Steve Jobs, que foi CEO da Apple até sua morte em 2012, revelou em uma entrevista ao New York Times em 2011 que havia proibido seus filhos de usarem o recém-lançado iPad.

“Nós limitamos a quantidade de tecnologia que nossos filhos usam em casa”, contou Jobs ao repórter Nick Bilton.

É interessante pensar que, em uma escola moderna, onde as crianças são obrigadas a usar dispositivos eletrônicos como iPads, as crianças de Steve Jobs seriam algumas das únicas crianças que optariam por não usá-los.

Os filhos de Jobs já terminaram a escola, por isso é impossível saber como o cofundador da Apple reagiria à tecnologia na educação, também conhecida como “edtech”.

Tecnologia e desenvolvimento infantil

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Não é segredo que a tecnologia interfere no desenvolvimento infantil. Um estudo da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp, em Campinas (SP), concluiu que as crianças que usam aparelhos eletrônicos sem controle e não brincam, ou brincam pouco, no "mundo real" podem ter atraso no desenvolvimento.Para a pedagoga Ana Lúcia Pinto de Camargo Meneghel, que desenvolveu o estudo na FE , as crianças acabam não brincando e nem tendo uma rotina, o que afeta no ritmo de construção do desenvolvimento cognitivo.

Além disso, outras pesquisas descobriram que o risco de depressão em alunos da oitava série sobe para 27% quando fazem o uso frequente de mídias sociais, além de constatarem, que crianças que usam seus telefones por pelo menos três horas por dia são muito mais propensas a se suicidarem. 

De acordo com o psicoterapeuta Psicoterapeuta Thiago Santos (CRP 06/135695), é importante que os pais limitem a internet dos filhos. "Muitos pais acham quando os filhos não estão na rua, mas estão dentro de casa fechados, estao seguros, mas isso nem sempre é verdade. Trancados no quarto com acesso a internet as crianças podem estar acessando diferentes lugares do mundo, interagindo com diversas pessoas. É mto importante que a criança seja bem orientada sobre o uso da internet, sobre o que deve ou não acessar e por que, assim como é importante que os pais saibam o que os filhos estão acessando", explica.

Ainda segundo o profissional para que uma criança se desenvolva de maneira saudável, é preciso diferentes tipos de experiências, tais como interações sociais, brincadeiras, atividades físicas e artísticas, leituras, entre outros. "Existe muitas coisa boa na internet, como aplicativos educativos e sites culturais, então a Edtech pode ser um instrumento bom e importante", pontua.

Edtech: a educação tecnológica

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Desde que Bill Gates implementou sua política doméstica, o filantropo bilionário tem tido grande interesse na educação personalizada, uma abordagem que usa dispositivos eletrônicos para ajudar a adaptar o ensino para cada aluno.

Em uma postagem recente em seu blog, Bill Gates aclamou Summit Sierra, uma escolha de Seattle que leva em consideração os objetivos pessoais dos alunos — como entrar em uma universidade, por exemplo — e planeja um caminho para chegar lá.

Os professores usam configurações de aprendizagem personalizadas e assumem mais um papel de treinador, ajudando e empurrando os alunos de volta aos trilhos quando eles ficam presos ou distraídos.

A tecnologia nesses casos está sendo usada da forma mais específica possível — e de forma que a Gates reconheça como útil para o desenvolvimento de um aluno, e não como entretenimento.

“A aprendizagem personalizada não será uma cura para tudo”, escreveu ele.

Mas Gates disse que está “esperançoso para que essa abordagem educacional possa ajudar muitos mais jovens a aproveitar ao máximo seus talentos”.

E você, o que acha de dar limites à tecnologia de seus filhos?


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